História

Fundação da Escola Nossa Senhora Auxiliadora

Ano 1895, era Prefeito Municipal de Ponte Nova Dr. Jose Mariano Duarte Lanna. Autorizado pela Câmara Municipal, comprou do Coronel José Soares da Silva a Fazenda Palmares.

Nesta ocasião, o vigário Pe. João Paulo Maria de Brito idealizava a fundação de um colégio destinado à educação das meninas. A Câmara Municipal autorizou o prefeito a doar à Congregação Salesiana esta fazenda para que fosse um colégio para as meninas, intitulado Maria Auxiliadora.

No dia 5 de novembro de 1895, partiram de Guaratinguetá rumo a Ponte Nova, Cachoeira do Campo e Ouro Preto, o Bispo Salesiano Dom Luiz Lasagna e um grupo de irmãs. Porém, o trem que viajavam na estrada de ferro Central do Brasil chocou-se com outro tem da mesma estrada a poucos metros da Estação Mariano Procópio em Juiz de Fora. Neste desastre, perderam a vida: o Bispo Dom Luiz Lasagna, seu secretário Pe. Belarmino Vilamil e as irmãs: Tereza Rinaldi, Júlia Argenton, Petronila Imas, Hedwiges Gomes Braga e a senhora Joana Lusso, uma benfeitora.

No ano seguinte, a 7 de abril de 1896, seis irmãs, acompanhadas do Pe. Carlos Pereto, inspetor salesiano e do Pe. Agostinho Zanella, partiram de Guaratinguetá. Após três dias de viagem, chegaram à Vila de Ponte Nova. As irmãs eram: Ir. Maria Cousirat, primeira diretora do colégio, Ir. Oliva Facchinni, Ir. Rosina Pomati, Ir. Veridiana Godoy, Ir. Dolores Petazzi e Ir. Paulina Heytmann.

Foi muito difícil o começo desta obra. Faltava muita coisa, até o necessário. As irmãs começaram a organizar a casa fazendo as adaptações possíveis. O número de camas era insuficiente. As primeiras alunas internas dormiam no chão, sem travesseiros. Faltavam carteiras, livros e outros objetos.

Com esforço e ajuda de benfeitores, as irmãs iniciaram a construção do prédio de dois andares. O governo do Estado concorreu com a ajuda de dois contos de réis.
A escola começou a funcionar em 1898 obtendo do governo de Minas a prerrogativa de Escola Normal sob o título Escola Normal Maria Auxiliadora.

Equipada de modo suficiente para atender às exigências do curso normal, mereceu privilégio de ser a primogênita das escolas normais de Minas Gerais. Mas tarde, recebeu a medalha de prata do Dr. Wenceslau Brás.

Em 1898 teve início a construção da capela. Nesta época, Dona Helena Trindade doou a primeira imagem de Nossa Senhora Auxiliadora. Ela tornou-se, no dizer de Laene Teixeira:

"Um guia que há de estar sempre conosco,
em instante de luz e de alegria...
e nas angústias, lutas e aflições,
lâmpada acesa que o vento não apaga,
mão que norteia, dirige e afaga...".

Entre aqueles que muito ajudaram o colégio nos inícios, destacamos: Capitão Manoel Martins Ferreira da Silva, o vigário João Paulo Maria de Brito, Senador Antônio Martins Ferreira da Silva, Pe. Pedro Rota, Dr. José Mariano Duarte Lanna, Dr. Ângelo Vieira Martins, Deputado Lindolfo de Almeida Campos, Coronel Francisco Martins, Sr. José Vieira Martins, Luiz Augusto Souza e Silva, Dr. Landulfo Magalhães, Dr. Miguel Antônio de Lanna e Silva, Francisco Mariano Gonçalves Lanna, Dr. Alfredo Dumas de Andrade Amora, Coronel José Soares da Silva, Dr. Francisco Vieira Martins, Dr. Manoel Vieira de Souza, Senador Camillo de Brito.

Em 1902, recebem o diploma de normalistas: Anna Florência Martins, Celina Martins, Delphina Brandão da Silva, Dolores Gonçalves, Donária Castro Rezende, Isolina Gonçalves, Maria Angelina Vasconcellos, Maria da Glória Ferreira, Maria Luiza Teixeira e Olívia Mello.